Com desfalques importantes, Cruzeiro vence e convence

Mesmo com o estádio cheio e a torcida apoiando desde o começo, o São Paulo não foi o tricampeão brasileiro. Mostrou um futebol previsível, que na primeira etapa se limitava a buscar o Washington pelo alto, para que ele fizesse o pivô, o que não conseguiu em nenhum momento.

Já o time mineiro não fez um bom primeiro tempo, mas como o time da casa não atacava, jogava com o regulamento, sabendo valorizar a posse de bola e dominando o meio campo, mesmo com os desfalques de Ramires e Fabrício. Os volantes cruzeirenses souberam controlar o ímpeto são paulino, e o primeiro tempo acabou muito bem para os mineiros, após a expulsão de Eduardo Costa, depois de fazer falta comum no meio de campo.

Mas o pior para os paulistas estava por vim. Hernanes e Dagoberto entraram, mas o São Paulo não mudou o modo de jogar. Continuou sem criatividade, sem investir nas jogadas laterais, apenas cruzando da intermediária. Zé Luís não é lateral, não consegue fazer o que é mais essencial para um jogador da posição, que é a jogada pela linha de fundo.

Após o primeiro gol celeste, o jogo morreu. O Cruzeiro está na semifinal, e é favorito contra o Grêmio. Tem um elenco bom, está com moral e joga com um adversário que vem se apresentando apenas com a fama de copeiro este ano. Como já levou a melhor sobre o outro time que jogou este ano apenas com o que fez no passado, os cruzeirenses podem se animar.

Com Atlético-MG, Roth tem a chance de mudar sua imagem

Após seis rodadas do Campeonato Brasileiro, o Galo de Celso Roth é o líder. Melhor desempenho inicial do clube na era dos pontos corridos, que começou em 2003. Mais um vez, o treinador começa um campeonato muito bem, mesmo com o time desacreditado no início. O objetivo, agora, é não repetir anos anteriores, e manter o bom desempenho até o fim.

Não que ano passado o Grêmio tenha feito uma campanha ruim. No começo da competição, qualquer gremista acharia um excelente negócio ser vice campeão, depois de ser eliminado tão cedo do estadual e da Copa do Brasil. Mas para quem chegou tão perto, liderou por várias rodadas...

Celso Roth tem a chance agora de se firmar como um dos grandes treinadores do país atualmente. E, principalmente, tem a chance de se livrar da fama de "cavalo paraguaio", que faz com que seja mal visto por muita gente.

Roth não é mal técnico, mas precisa mostrar regularidade, por tempos maiores. Coleciona bons trabalhos, como vem fazendo no Galo, mas seu histórico mostra que sim, suas equipes não costumam manter o bom rendimento nas fases agudas das competições.

A chance de mudar essa imagem é agora, no Atlético.